_ vale de massarelos
_habitação colectiva com programas complementares
memoria descritiva:
A solução pretende, em termos de organização de território, ocupar a depressão morfológica do terreno, mas não de uma forma massiva e sim de maneira discreta, tendo uma integração simbiótica com o vale. A agua é o grande dinamizador criativo da proposta, através de todas as sua características intrínsecas, como a fluidez e a transparência. O edifício age como sendo parte integrante da paisagem, pois isso ajuda-o na sua relação coma envolvente, enquanto isso as suas linhas rectas e ângulos quebrados remetem para a humanização da proposta, da busca do racional e da perfeição. A horizontalidade do edificado tem como objectivo proporcionar um carácter estável, onde o corpo suspenso provoca uma tensão formal, que por sua vez realça um pórtico de entrada para o programa que esse mesmo corpo serve, ou seja, habitação colectiva. Os planos horizontais representados nas plantas, procuram a semelhança com o vale e a sua natureza sinuosa, enquanto que os planos verticais (alçado) destacam-se pela diferença, marcando a existência duma intervenção no território e é neles que os espectadores ganham consciência do edifício, e a sua concepção visual torna-se num acto de percurso. O edifício é, portanto, o resultado do lugar, das suas características e da utilização desse mesmo lugar.